Acolhimento, aconchego e conforto, elementos que caracterizam um ambiente adequado e saudável. Para que todos esses fatores estejam alinhados é fundamental o trabalho de um arquiteto, afinal ele será responsável por planejar a melhor forma de um ambiente. Mas não se trata de algo restrito às elites, a arquitetura é um direito garantido a toda população. Nesse sentido nasceu o conceito de “Arquitetura Popular” que trata do acesso à moradia de qualidade e com segurança.
Para que isso seja garantido, foi instituída a Lei n° 11.888, em 24 de dezembro de 2008, que tem como objetivo assegurar às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social.
A professora Gabriela Grisa faz uma reflexão importante sobre a arquitetura e a função social que exerce ao ser um serviço acessível para toda a população. “As pessoas tem ideia de que a arquitetura é algo elitizado e que só tem acesso quem tiver maior condição aquisitiva, mas na verdade a arquitetura deve ser para toda a população. É importante que todas as pessoas tenham acesso a arquitetura e a uma arquitetura de qualidade, afinal não adianta eu ter acesso a uma escola para estudar se eu não tenho um teto”, comenta Gabriela.
O conceito da “Arquitetura Popular”, além de proporcionar moradia para todos, busca transmitir uma linguagem adequada à realidade, desde a linguagem do projeto até a comunicação com o cliente. Porém, esse campo ainda é pouco explorado na região Oeste de Santa Catarina. Conforme a professora Gabriela Grisa, é fundamental o papel de trabalhar a comunicação e levar informações sobre a importância e necessidade de contar com o trabalho de um profissional da arquitetura nas construções.
ARQtalks e a Arquitetura Popular
Na última semana, o curso de Arquitetura e Urbanismo da UCEFF promoveu mais um ARQtalks e tratou do tema da arquitetura popular. Os arquitetos, Vinícius Mariot e Guilherme Cascaes, conversaram com os estudantes sobre essa forma de fazer arquitetura de forma democrática.